Ao desencarnar...

A desencarnação não pode ser vista como um momento mágico de transformação do ser. A única coisa que chama a atenção é o fato de não mais contarmos com este nosso organismo físico.

Outro detalhe importante é o momento imediato do desencarne, em que todos nós somos colocados diante da propria consciencia, quando em nossa tela mental o eter refletor desenrola todo o filme de nossa ultima existencia física, projetando as cenas mais relevantes, tanto as boas como as más, que se sucederam desde o nascimento até a morte.

Então, poder-se-ia comparar a evolução espiritual a um prédio com dez andares, em que o décimo andar representa o andar mais alto do edificio a ser alcançado - a dos espíritos puros, enquanto o primeiro andar representa o instante que recém-saímos da animalidade. Pois bem, independente do andar que possamos nos encontrar reconhecemos os nossos familiares e amigos, desta e de outras existencias. Reconhecer não é em si o problema. Na verdade, o que se poderia chamar de obstáculo é o fato de conseguirmos manter contato, com maior facilidade, somente com os que encontram no mesmo andar ou abaixo do nosso. Os que se encontram em andares superiores ao nosso, há a impossibilidade de vê-los ou sentí-los por tratar-se de perispiritos mais quintessenciados à nossa capacidade receptiva. Mas sempre ocorre de um familiar ou amigo nosso, que esteja situado num andar superior, dar-se ao trabalhinho, desde que autorizado (nada é feito à revelia), de 'pegar o elevador', descer, fazer-se visivel e ter conosco, quando a possibilidade desse reencontro não traga lembranças amargas, e possa trazer algum benefício. Todas as solicitações e anseios são avaliados e considerados com carinho pelos nossos Maiorais da Espiritualidade. Abraços []s